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Triagem e vigilância no câncer colorretal

Atualizado: 23 de jun. de 2022



Qual é o risco do câncer colorretal?

O câncer colorretal é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil. O risco de câncer aumenta se a pessoa tem história de câncer ou pólipos colorretais na família, ou se tem história pessoal de câncer de mama, útero ou ovário. O risco também é maior em pessoas com doença inflamatória intestinal extensa, como Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn.


O que é triagem e vigilância?

Muitos pólipos e cânceres do cólon e reto não produzem sintomas até atingirem tamanhos grandes. A triagem envolve um ou mais testes feitos para identificar se uma pessoa que não tem sintomas tem alguma doença ou condição que podem predispô-la ao câncer de cólon ou reto.


O objetivo é identificar o potencial que a pessoa tem para apresentar a doença ou diagnosticá-la precocemente, quando existem mais chances de cura.


A vigilância envolve exames de pessoas que tido câncer previamente ou que estão em risco aumentado. Já que suas chances de ter câncer são maiores, os exames devem ser mais completos, e repetidos periodicamente.


Por que os testes devem ser feitos?

O câncer colorretal é conhecido como uma "doença silenciosa" porque muitos pacientes só vão apresentar sintomas tardios, quando a chance de cura é menor. Se o câncer colorretal é diagnosticado e tratado num estágio precoce, antes que surjam sintomas, a chance de cura é de mais de 80%. A maioria dos cânceres colorretais inicia em tumores benignos chamados pólipos. Se os pólipos forem removidos, o câncer pode ser prevenido, e cirurgias maiores podem ser evitadas.


Que testes de triagem devem ser feitos?

O mais simples exame de triagem para o câncer colorretal é a pesquisa de sangue oculto nas fezes, que detecta pequenas quantidades de sangue invisíveis aos nossos olhos. É um exame simples e de preço acessível.


Infelizmente, só detecta sangramento que ocorra no período de coleta das fezes. Além disso, apenas 50% dos cânceres e 10% dos pólipos (tumores benignos que dão origem a câncer colorretal) sangram quantidade suficiente para ser detectada por este exame. Assim, outros exames são necessários para a detecção precisa de câncer e pólipos.


A retossigmoidoscopia é um exame endoscópico que permite a visualização direta do revestimento interno do reto e da parte final do cólon. Este exame é feito em consultório médico.


Quando um pólipo ou um câncer são detectados pela retossigmoidoscopia, ou se o paciente apresenta alto risco de desenvolver câncer de reto e cólon, a colonoscopia é o exame mais adequado para a investigação completa.


A colonoscopia é usada para detectar, colher biópsias e remover pequenos tumores. Na maior parte dos casos, é feita ambulatorialmente, com medidas para que o paciente tenha o mínimo desconforto.


A radiografia dos cólons (enema opaco) não consegue detectar tumores menores e não possibilita biópsias, sendo indicada atualmente, em poucas ocasiões.


Quando e com que frequência os exames devem ser feitos?

A investigação é recomendada em pessoas que pertençam aos seguintes grupos de risco:

Pessoas que tenham sintomas suspeitos de pólipos ou câncer colorretal, como alterações do seu hábito intestinal normal, eliminação de sangue ou outras secreções com as fezes, após a avaliação do coloproctologista.


Pessoas que tenham tido pólipos pré-cancerosos removidos através de colonoscopia, devem repetir este exame em intervalos que variam entre 3 meses a 3 anos da endoscopia inicial, dependendo do resultado do exame anatomopatológico do tumor. A colonoscopia periódica é recomendada por toda a vida do paciente.

Pessoas que tenham parentes próximos, como pais, irmãos ou filhos, com pólipos pré-cancerosos ou câncer colorretal. Mesmo que não tenham sintomas, estes indivíduos devem iniciar com colonoscopias periódicas após os 40 anos, ou 5 anos antes da idade em que o parente mais jovem teve o seu tumor diagnosticado. O intervalo recomendado para que se repita a colonoscopia preventiva, se não forem detectados tumores ou não tenham surgido sintomas suspeitos, é a cada 5anos.


Pessoas com história familiar de câncer colorretal em vários parentes, de várias gerações, principalmente tumores que ocorram em familiares jovens. A colonoscopia, nesta situação, deve ser feita a cada 2 anos entre os 20 e 30 anos, e a cada ano, após os 40 anos de idade.


Pessoas que tenham tido câncer colorretal devem se submeter à colonoscopia 1 ano após a cirurgia. Se este exame for normal, a colonoscopia deve ser repetida a cada 3 anos.


Pessoas que tenham doenças inflamatórias extensas dos cólons há mais de 10 anos, devem se submeter a colonoscopia a cada 1 ou 2 anos, pois apresentam chances maiores de desenvolver câncer colorretal.


Mulheres que tenham apresentado câncer de mama, útero e ovário, têm maiores chances de ter câncer colorretal e devem se submeter à colonoscopia a cada 5 anos, após os 40 anos.


Lembre-se que qualquer sintoma de alteração do funcionamento do intestino pode ser um sinal, procure um médico coloproctologista. A Dra. Marlise pode ajudar, agende a sua consulta pelo telefone (51) 3233-2653 (fixo e whatsapp).

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